Capítulo 311
Capítulo 311
O festival de música eletrônica no cruzeiro ainda estava acontecendo quando a notícia de que Inês havia caído na água deixou os organizadores extremamente preocupados. Eles vieram pessoalmente pedir desculpas a Inês e lhe entregaram muitos presentes como compensação. No final das contas, o Sr. Valentim também apareceu, apressado em direção a Inês.
Depois de uma ducha quente e uma troca de roupa, Inês estava secando o cabelo enquanto Luazinha a acompanhava: “Você não pegou um resfriado, não é?“.
“Estou bem.” – Inês aspirou uma respiração pelo nariz: “Não se preocupe.”
Nesse momento, bateram à porta.
“Sra. Guedes, a senhora está aí? Somos os organizadores do festival e soubemos que a senhora sofreu um acidente. Viemos expressar nosso pesar“.
Inês se virou, e Luazinha perguntou: “Quer que eu atenda?“.
“Por favor.” – Inês deixou o secador de lado e Luazinha abriu a porta. Valentim Menezes estava lá, um homem que, apesar de ser de meia–idade, mantinha um ar de vigor que beirava a intimidação. Bastava um olhar para saber que aquele homem havia sido forjado em meio a tiroteios e conflitos.
As cicatrizes em seu rosto eram feias e ferozes, causando um certo arrepio em quem as via.
Luazinha estava acostumada com essa postura imponente; seu irmão mais velho era um ex–militar de forças especiais. Ela não se assustou, apenas chamou baixinho: “Sr. Menezes.”
“Lua, boa noite.” – Valentim conhecia bem Luazinha, a irmãzinha preciosa do líder da Força Thor, Vasco, tratada com o maior cuidado: “Dê os meus cumprimentos a seu irmão.”Exclusive © content by N(ô)ve/l/Drama.Org.
“É claro que meu irmão também mandou lembranças e espera conversar com você amanhã, se tivermos oportunidade.” – Luazinha manteve a formalidade, enquanto Valentim não perdeu tempo e se dirigiu a Inês: “Sra. Guedes, sobre o incidente de hoje com a segurança do navio de cruzeiro…”
Inês terminou de secar o cabelo e se virou para Valentim, assustada com a cicatriz no rosto dele, mas rapidamente se recompôs. Ela estava prestes a falar quando viu a expressão de Valentim mudar radicalmente!
Ele arregalou os olhos, um homem acostumado com a vida e a morte, exibindo uma expressão de surpresa que até fez sua cicatriz parecer pulsar.
Ele mal conseguiu falar: “Você… você…”
Inês apontou para si mesma, perguntando–se se havia algo estranho em seu rosto que havia assustado Valentim.
Luazinha também estava paralisada. O que estava acontecendo?
Antes que Inês pudesse dizer uma palavra, Valentim já havia mudado sua expressão, e as pessoas ao redor ficaram atônitas, chamando cautelosamente: “Chefe…”
Valentine deu alguns passos à frente, seu rosto severo agora estava cheio de incredulidade. Ele perguntou a Inês: “Quem é você?”
Inês estremeceu com a pergunta, demorando um pouco para se recuperar: “Olá, eu sou Inês, vim para acompanhar Teodoro Farnese…”
A acompanhante do jovem Farnese?! Ela?
Ainda surpreso, Valentine examinou o rosto de Inês cuidadosamente antes de perguntar: “Você… tem algum irmão ou irmã neste mundo?”
Inês franziu a testa: “Senhor, isso é assunto pessoal meu. Acho que não posso lhe contar tudo.”
Valentine estava ansioso, sem mostrar nenhum sinal da pressão que havia exercido antes. Ele fixou o olhar em Inês e, de repente, deu alguns passos para trás.
O homem de meia–idade murmurou baixinho; “Você… você não está morta. Que bom…”
Essas palavras, que saíram de sua boca, fizeram com que os olhares dos servos ao redor mudassem abruptamente.
Então, todos olharam para Inês, como se estivessem sendo observados por inúmeras pessoas. Luazinha deu um passo à frente e colocou Inês atrás dela: “O que você quer fazer?“.
“Senhora Guedes, quando mencionamos ‘JUNGLE‘, não tivemos a intenção de ofender, apenas queríamos saber como vão as coisas em sua casa… e também…
“Desculpe–me, talvez eu o tenha feitó lembrar de alguém que você conheceu no passado.” – Inês abaixou a cabeça, mantendo uma postura que não era nem submissa nem arrogante: “Mas minha família é de boa índole, sem nenhuma falha, você deve estar enganada.”
Família de boa indole… Valentim a observou atentamente e de repente perguntou: “Você tem um irmão, não tem?”