Capítulo 521
Capítulo 521
A matriarca ergueu a xícara e deu um gole no café. “Então ela gosta tanto do cunhado, quer ir logo acompanhá–lo?”
“Irma!” Rogério tentou consolar, “Já se passaram tantos anos, você ainda não pode perdoar a irmã?”
“Não é questão de perdoar ou não. O marido dela tinha tantas mulheres ao redor dele, uma a mais ou a menos não faz diferença.” A voz da matriarca era firme. “Diga a ela que, se aguentar mais dois anos, eu permitirei que o Ramalho volte para a família Martins para ser reconhecido pelos ancestrais e prestar homenagens no nosso terreiro de candomblé.”
Rogério lançou lhe um olhar profundo significado.
Ela escolheu suas palavras muito habilmente. NôvelDrama.Org is the owner.
Por um lado, queria encorajar a irmã a seguir em frente.
Por outro, se houvesse algum problema com ela e o filho, dois anos seriam suficientes para esclarecer tudo.
Se a irmã e o Ramalho fossem inocentes, ela permitiria que ele fosse reconhecido. pela família. Os erros dos mais velhos não deveriam recair sobre os mais jovens; as crianças são inocentes.
“Irmã, e se ela não aguentar?”
“Ela vai sim. Se esperou por tanto tempo, mesmo com dor, vai aguentar firme.” O olhar da matriarca se voltou para Ramalho, que estava do lado de fora da janela. “Será que o garoto sabe sobre sua origem?”
Rogerio balançou a cabeça. “Ainda não sabe. Já conversamos sobre isso, e decidimos contar no dia em que ele for reconhecido pelos ancestrais.”
“Certo.” Ela assentiu levemente. “Vocês raramente vêm a Cidade Mar, levem o Ramalho para curtir a cidade. Seu assistente não conhece Cidade Mar, então vou pedir para o Felipe arrumar alguém para ajudar, cuidar do Ramalho enquanto você trata de negócios.”
“Certo.” Rogerio concordou.
Felipe tomou um gole de café e falou baixo: “Tio, sua vinda a Cidade Mar não é só por causa do primo, né?”
Capitulo 521
Rogério respondeu: “Você sabe do projeto de energia solar em Cidade N?”
Felipe sabia, claro. A família Martins era uma grande influência no país, e não havia nada no mundo dos negócios que eles não soubessem.
“O tio também está interessado?”
Rogério disse: “A economia de País H está em alta, e estou pensando em aumentar nossos investimentos lá. Se estiver disponível, me acompanhe até Cidade N.”
Felipe assentiu levemente. “Tá certo, vou pedir a alguém para marcar uma reunião com os líderes municipais lá e depois te acompanho.”
Nesse momento, Ramalho voltou correndo, todo animado. “Pai, a tia tem no jardim… tem Ipe Amarelo, Azaleia e Dama da Noite… todas flores nobres e valiosas.”
A matriarca sorriu. “Você realmente entende de flores.”
“As flores são… são minhas boas… boas amigas. Eu converso… converso com elas todos os dias.” Ramalho sorriu com inocência, como uma criança pura e sincéra.
A matriarca lhe passou um morango e então olhou para o irmão: “Rogerio, o Ramalho tá crescendo, você precisa se preocupar com o casamento dele. Ele pode ser um pouco diferente dos outros, mas isso não significa que não possa se casar, ele deve entender essas coisas.”
Rogério suspirou: “Tenho me ocupado tanto com a empresa que acabei negligenciando a vida pessoal das crianças. Minha esposa também não se importal muito com isso, deixando que façam o que quiserem, e eles estão cada vez mais selvagens. Como a Aída, que veio para cidade Mar sozinha há três anos, dizendo que queria experimentar a vida e se fortalecer, mas quem sabe o que está fazendo de fato?”
Ao ouvir isso, Ramalho puxou sua manga. “Pai, quando vamos… vamos ver a irmã?”
“Logo mais eu ligo para ela.” Rogerio disse.
A matriarca se sobressaltou ligeiramente. “A Aída está em Cidade Mar? Por que ela não veio me ver?”
Rogério segurou a testa. “Aquela garota, some todo dia. Deve ter medo de ser mandada de volta, por isso não vem.”
A matriarca suspirou: “Quando vi Aída pela última vez, ela tinha apenas cinco anos, e ainda me lembro de que era uma pequenina apaixonada por comida, comia de tudo. Num piscar de olhos, mais de dez anos se passaram, ela deve ter crescido muito